Você

•fevereiro 1, 2011 • Deixe um comentário

Não consigo ver além de você. Meu futuro é você. É impossível te olhar e não ver além, porque você já faz parte do meu além que até então, era inalcançável.
Viver só já não se encaixa em minha rotina. Em meu vocabulário não se encontra mais a palavra solidão.
A melhor parte do dia é acordar e saber que você está aqui para mim, assim como eu estou aqui para você.
Vivo em um intenso sintoma de saudades. Não me conformo em te ter por parte do dia, quero você durante todos os meus dias.
Até dormir se tornou mais fácil, pois quando durmo sei que o tempo passará mais rápido e eu terei a chance de te encontrar novamente, nem que seja para falar apenas um oi, como vai, te amo!
Você é meu risco, meu remédio, meu vicio, meu pretérito e meu presente. Um presente conquistado.
Permita-me parafrasear um clássico da literatura: “você é responsável por aquilo que cativas”, você me cativou, logo…
Se alguém tentar te dizer que nada disso é verdade, inclusive você mesmo, não acredite, é a mentira tentando afastar algo que é verdadeiro, eu e você.
Somos feito de várias partes em vários sentidos e dentro desses vários sentidos que as partes se juntam, só me resta lhe dizer: você faz parte da melhor parte.

•janeiro 24, 2011 • Deixe um comentário

Eu não escrevo o que não sinto;
ponho meu cinto e me preservo
a não sofrer nenhum acidente;
talvez, viver nos acidentes de uma
partitura determinando a altura da
nota que surgirá; a minha altura
determino pela força que meus
pensamentos alcançam e que me
cansa no saber que viver é muito
mais do que sonhar; e sentir é
muito mais que escrever, é viver.

Ver

•janeiro 19, 2011 • 1 Comentário

Prólogo

– Tenho uma coisa para te contar – disse Mauro à Carolina depois de quase 2 minutos em silêncio no telefonema mais curto e intenso que já tiveram desde o dia em que se separaram.
Ambos viveram um romance daqueles de cinema sem os limites dos enquadramentos e do “corta” de um diretor que percebe erros básicos de que em qualquer seqüencia da vida aconteceria sem nenhum problema. Ambos se conheceram quando tinham 23 anos de idade e coincidentemente ou não, ambos faziam aniversário em 23 de maio e o grande romance durou exatamente 2 meses e 3 dias. Após 23 horas do término da vivência mais intensa de Mauro e Carolina, ele se encheu de coragem pegou o telefone e ligou para ela. No impulso, sem esperar tocar mais de uma vez, Carolina atendeu ao telefonema.
– Pensei que não ligaria. – O único som que ela ouvia do outro lado da linha, era um som nasal misturado com um soluço conhecido, era o som do choro do Mauro. Ela conhecia aquele som, pois sempre que viam filmes tristes, noticias de tragédia ou Carol contava alguma historia triste da vida dela, era certo às lágrimas escorrerem no rosto de Mauro.
Ficaram em silêncio no telefone por quase 2 minutos e o clima de tensão foi quebrado por Mauro, que em meio aos soluços e a voz embaraçada disse: Tenho uma coisa para te contar.
Ferida da última briga, que na verdade foi a primeira, mas suficiente para o fim, Carolina retruca: – Não agüento ouvir mais nada.
Por favor – diz ele firme – não quero brigar dessa vez, porem é muito sério, me encontre na praça principal do condomínio em 10 minutos, pode ser?
– Tá.

(continua)

Não me ensinaram sobre o sentir

•outubro 20, 2010 • 4 Comentários

Não me ensinaram sobre o sentir. Queria a oportunidade de poder ter o controle sobre o que sinto, senti e irei sentir. Mas, é impossível adquirir tal habilidade, pois ninguém nunca me ensinou sobre o sentir. Não entendo como é possível te olhar e sentir meu estômago gelado, o corpo arrepiado e o coração disparado. Para! Grito num silêncio ensurdecedor, mas num barulho sem ruído em minha mente. Porém nada acontece. Nada acontece porque ninguém me ensinou sobre o sentir. A ansiedade toma conta do meu corpo sem ao menos, eu liberar sua entrada. O medo tenta me dominar sem eu abrir os olhos para ver o que me assusta. Tudo isso acontece porque ninguém me ensinou sobre o sentir. Dizem por aí que ninguém nasce sabendo de nada, mas digo uma coisa, já nascemos sabendo como sentir, porque não existe outra explicação para todos esses sentimentos existirem dentro de mim, pois ninguém me ensinou sobre o sentir…

Virei a esquerda…

•julho 13, 2010 • 3 Comentários

Hoje eu fui por um caminho diferente. Já estava cansado de passar pelos mesmos lugares e ver as coisas imutáveis. Engraçado é que pra ir por esse caminho não preciso andar, cansar, suar, correr ou usar algum meio de locomoção.
A primeira coisa que avistei foi uma ladeira imensa e reta, parecia que não acabaria nunca. Mas sem medo, me lancei com tudo e fui sem receio de ser feliz. A sensação era incrível. Foi ali que comecei a perceber que nessa estrada tudo era muito familiar, apesar de muito diferente. Familiar por que o que eu via ali no acostamento ou nas montanhas, não eram árvores, asfalto ou placa. Eram pessoas. Algumas representadas por fotos, outras eram estátuas e ainda outras reais, que chamavam meu nome enquanto eu descia por aquela ladeira que realmente não tinha fim.
Encontrei pessoas antigas que não via há anos, pessoas atuais, pessoas que foram passageiras em minha vida… Descobrir que cada uma delas teve um papel fundamental em minha vida. Até aquelas que só me falaram um oi em algum momento, passou pela minha vida.
Um susto aconteceu enquanto olhava para essas pessoas. Percebi que não estava descendo ladeira nenhuma. Estava parado e as pessoas eram que passavam por mim. Fui percebendo a importância de cada uma e tive momentos singulares por aquela estrada que algumas palavras não expressariam, talvez um livro, uma trilogia ou algo além eu diria.
Convido você a fazer essa viagem também. Basta uma coisa, fechar os olhos e começar a lembrar de cada fase de sua vida. Você vai perceber que em cada momento existiu/existe alguém do seu lado. E sou grato a todo mundo que passou pela minha vida e que passa. Obrigado por você!

Estranho Íntimo

•maio 21, 2010 • Deixe um comentário

Eu acordei com muita preguiça naquele dia, o que não se difere dos outros. Olhei pela pequena abertura da janela e percebi que o sol estava brilhando e resolvi levantar. Quando olho pela janela me assusto com aquela pessoa que vejo em minha frente. O rosto me era muito familiar, mas eu não me lembrava de onde o reconhecia. Comprimentei com um bom dia e na mesma hora e com a mesma intensidade, esse outro ser respondeu o bom dia de volta.
Estranho como ele me olhava fixamente e de um jeito constrangedor repetia todos os movimentos que eu fazia. Estranhei e pensei: Essa pessoa está precisando é se cuidar mais. Olha o tamanho do cabelo, olha a barba grande. E que olhar perdido é esse? Bom, deixei para lá, fechei meus olhos, espreguiçei, estiquei todo corpo e depois disso acordei de verdade.
Olhei novamente e foi nesse momento que eu percebi que não estava olhando pela janela, mas estava me vendo no espelho.

Uma única vez eu…

•abril 16, 2010 • 4 Comentários

Queria ter a chance de olhar em seus olhos e dizer o quanto eu te desejo. Sua forma singular de andar e seu jeito carinhoso de me olhar, me faz perceber que a beleza do mundo não está em sua grandeza, no seu céu estrelado, na imensidão do mar, mas no brilho que seu olhar me transmiti e que seu sorriso resplandece.

Queria ter a chance de te conhecer mais intimamente, só para poder descobrir o segredo do cofre do seu coração. Feito isso, poderia me trancar lá dentro, trocar a combinação e nunca mais sair de lá. Também sair pra que? Já estaria no lugar que tanto almejei.

Queria ter a chance de saber o que você pensa, melhor, do como conduzir seus pensamentos. Ah, se eu tivesse como me incluir em seus pensamentos, assim estaríamos ligados durante todo o tempo, pois, como você já mora em minha mente, apenas compartilharíamos do mesmo pensamento. Nós juntos.

Queria ter a chance de dizer tudo isso para você de uma só vez. Queria ter a chance de ter a coragem de lhe enviar isso. Queria ter a chance de poder controlar meus sentimentos. Queria pelo menos a chance de saber escrever.

Queria ter a chance de ter a chance de pelo menos uma vez ter a chance de te ter.

Faça uma poesia

•março 30, 2010 • Deixe um comentário

Dizem que poeta é aquele capaz de reinventar as palavras e encaixá-las de forma que fascina o leitor. Mas acredito que não é necessário transformá-las. Encaixar a palavra certa no lugar certo já é o suficiente.
Poeta pra mim é quando uma pessoa ler o texto e se identifica de alguma forma. Escrever qualquer um escreve, mas causar sentimentos individuais, só os verdadeiros poetas.
Me nomearam como poeta por alguns textos escondidos na gaveta trancada do meu computador. Sim, sou poeta porque os textos de alguma forma causam sentimentos singulares em mim e isso conta.
O ser humano é poeta por natureza, seja através de uma carta de amor, um recado nas redes sociais… Qualquer recado que meche com alguém é poesia. Não precisa reinventar as palavras, apenas as encaixarem no lugar certo para alguém certo.

Já fez alguma poesia hoje? Dá tempo, e com certeza você tem alguém que te transformará em um poeta.

A volta de quem não foi

•março 21, 2010 • 1 Comentário

Venho através desta comunicar a volta do bonecopalito. Este simples observador que procura traduzir em palavras, as vezes reiventada, o cotidiano de sua vida e daqueles que o cercam. Não vos escrevi nada neste ano ainda porque meu cotidiano estava bastante tumultuado. Graças a Deus com bastante coisas, na maioria boas, para fazer. Tenho muita coisa para transmiti e buscarei ao máximo ir postando, aos poucos, os textos. Agradeço o pedido de algumas pessoas para que voltasse com o blog, eis-me aqui agora. Comentem, fiquem a vontade. O ano do boncepalito começa hoje. Feliz ano novo a todos, muito sucesso em 2010.

😀

DR

•setembro 4, 2009 • 2 Comentários

– Acabei de ler o livro.
– Gostou?
– De que?
– Do livro né?
– Ah sim. É… acho que gostei.
– O que não achou interessante?
– Aquela parte em que eles se reencontram. Nada haver.
– Mas a história é justamente este reencontro.
– Se era pra reencontrar porque separaram? Demora um tempão cada um com sua vida para se reencontrarem no final… Qual a graça disso?
– É a história de amor, mesmo se separar volta. Quando é verdadeiro não adianta tentar fugir.
– Não acho, se fosse amor de verdade não tinha separado, brigavam e voltavam.
– Mas aí não teria historia pro livro.
– Como não? Pra quê mais emoção do que um casal que vive brigando.
– Mas quem vive brigando não se amam.
– Quem disse isso?
– Eu estou dizendo.
– Isso é uma briga?
– Talvez.
– Então você não me ama.
– Claro que amo.
– E porque está brigando? Você não disse que quem briga é porque não ama.
– ?
– Acho melhor a gente rever nossos pontos de vista.
– Não te indico mais nenhum livro de romance para ler. Só de guerra agora!
– Então realmente você que terminar, até livro de guerra me indica agora…